quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Cork, Irlanda - 3 a. m.
































"Sempre pensei em fotografia como uma maldade - e esse era um de seus pontos prediletos, para mim. E quando fotografei pela primeira vez, me senti muito perversa" (Diane Arbus)

sábado, 26 de dezembro de 2009

"Uma foto não é apenas o resultado de um encontro entre um evento e um fotógrafo; tirar fotos é um evento em si mesmo, e dotado dos direitos mais categóricos - interfirir, invadir ou ignorar, não importa o que estiver acontecendo. Nosso próprio senso de situação articula-se, agora, pelas intenções da câmera. A onipresença de câmeras sugere, eventos dignos de ser fotografados. Isso, em troca, torna mais fácil sentir qualquer evento, uma vez em curso, e qualquer que seja seu caráter moral, deve ter caminho livre para procsseguir até se completar - de modo que outra coisas possa vir ao mundo: a foto. Após o fim do evento a foto ainda existirá, conferindo ao evento uma espécie de imortalidade (e de importância)que de outro modo ele jamais desfrutaria. Enquanto pessoas reais estão no mundo real matando a si mesmas ou matando outras pessoas reais, o fotógrafo sde põe atrás de sua câmera, criando um pequeno elemento de outro mundo: o mundo-imagem, que promete sobreviver a todos nós." (Susan Sontag - Sobre Fotografia)
"Um modo de atestar experiência, tirar fotos, é também uma forma de redusá-la - ao limitar a experiência a busca do fotogênico, ao converter a experiência em uma imagem, um suvenir. Viajar se torna uma estratégia de acumular fotos. A própria atividade de tirar fotos é tranquilizante e mitiga sentimentos gerais de desorientação que podem ser exacerbados pela viagem." (Susan Sountag)